Entro na farmácia do costume e entretenho-me naquela conversa de circunstância que se mantém em sítios onde nos conhecem pelo nome próprio. A certa altura a música, até aí ambiente e indistinta, concretiza-se num velho tema da Tracy Chapman. Sorrio, pode sempre piorar! E eis senão quando, uma a uma, as funcionárias de serviço começam a cantar. Sabem a letra, repetem-na e agora também dançam. Nada de movimentos espontâneos: há aqui coisa estudada. Interrogo-me se aquilo está realmente a acontecer. Talvez seja apenas e só um dos meus delírios. Olho em volta e percebo ser a única cliente. Não, não estou a ver e ouvir coisas. Se isto fosse produto da minha cabeça, incrementava na coreografia. E nada de Tracy para a banda sonora!