Rir não é o melhor remédio?

Cá em casa somos dois. Cá em casa acordamos a ouvir a Antena1. Cá em casa acarinhamos alguns hábitos. Um dos hábitos da casa é ouvir, às tantas, o Portugalex. Ontem e hoje não houve Portugalex. Para os senhores da Antena1 rubricas de humor são incompatíveis com dias de luto nacional. Cá em casa não entendemos isso. Cheira a "respeitinho", coisa muito portuguesa. Cá em casa somos dois. Aparentemente, nenhum de nós é português.

se é Nobre é bom ou não falamos de salsichas

Os portugueses adoram reclamar. Dizer mal é um desporto nacional.
Os políticos são um alvo fácil. Põe-se a jeito. E que dizemos nós dos políticos? Que são uma corja e todos iguais. Que são desonestos, interesseiros, calculistas. Que não dão ponto sem ganho. Que nunca fizeram nada de útil na vida.
Outro desabafo recorrente é que, infelizmente, os homens sérios e de valor fogem da política a sete pés.
Hoje anuncia-se oficialmente a candidatura do Dr. Fernando Nobre à Presidência da República. Aqui está um homem com currículo, não de carreirismo partidário, não de autopromoção, não de ditador arrogante, não de pseudo-intelectual bastião da moral, currículo. Trabalho, iniciativa, capacidade de organização, de mobilização, valores - os tão apregoados valores - uma visão do mundo e acções com vista ao bem comum. Não será um santo e terá as suas falhas, como temos todos, mas esse currículo ninguém lhe tira.
Então, parece que, pelo menos desta vez, já não há desculpas. Há opção, há sempre uma opção. Clara, neste caso. E as escolhas ficam com quem as faz.

competências

Oiço na rádio a proprietária de um restaurante da moda. A senhora anda angustiada pela baixa qualificação dos empregados de mesa que lhe aparecem. E, diz ela, «faltam competências para que "póssamos" tirar o máximo partido(...)». Não podia estar mais de acordo. Faltam competências, as mais básicas, a começar pela linguística.