com o cotovelo
Traduzir é um acto de generosidade, de entrega a um texto alheio para o tornar acessível. Traduzir é partilhar, é dar a conhecer. Uma oferta, sem protagonismos. (Com a honrosa excepção do Vasco Graça Moura, claro, que relega Shakespeare, Dante e outros para notas de rodapé)
Por isso fico "alternadeira" da vida com certas "traduções" em que tropeço. Podiam só ter sido feitas com os pés: incapacidade e incompetência. Mas, cada vez me convenço mais que são feitas com o cotovelo, com aquela pontinha que dói. Aquele prazer sádico em aniquilar um texto, sabotar beleza, estropiar imagens, só pode ser dor de corno.
Por isso fico "alternadeira" da vida com certas "traduções" em que tropeço. Podiam só ter sido feitas com os pés: incapacidade e incompetência. Mas, cada vez me convenço mais que são feitas com o cotovelo, com aquela pontinha que dói. Aquele prazer sádico em aniquilar um texto, sabotar beleza, estropiar imagens, só pode ser dor de corno.
2 Comments:
será que o tradutor também não acrescenta um pouco de si ?
a questão da fidelidade do tradutor. eu pergunto-me sempre se os tradutores também não acrescentam o seu próprio sentimento.
(nos filmes, tento sempre não ler as legendas)
bom fds
Bem, Teo, se for só um bocadinho...
Essa era uma outra discussão, a ter com mais tempo.
Eu, sempre que posso, corto nos intermediários. Mas quando preciso, gosto de confiar neles.
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