segunda-feira, maio 08, 2006

(in)tolerância

Não, R., não estou mais tolerante. A tolerância pressupõe um olhar de cima, felizmente impraticável a partir do meu metro e sessenta. Continuo a-ferro-e-fogo, só que pratico mais aquela coisa de me colocar no lugar do outro. Regra geral, o que constato é que todos fazem o que podem, o melhor de que são capazes e sabem. Temos medo, todos temos muito medo, e contamo-nos histórias que nos sosseguem. Foi sempre assim.

Que já não tenho 18 anos, é verdade. Nos dias bons tenho 6 ou 150 e ajo de acordo.

Conheço bem a capacidade que tenho de fazer mal. Sobretudo quando sou encantadora.
Ando a tentar parar mas, por vezes, descaio-me.

É um dom, está-me nos genes. Sei, intuitivamente, o que dizer para que doa muito, bem e fundo. E seduzir, deslumbrar, é apenas o reverso deste jogo. "Com perfumes a presa é fácil/ com jóias, casacos de peles./ gosto do amor quando é difícil/ e cheira ao meu hálito reles".

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sabes eu não censurei, são as consequências de quem partilha um passado, por muito que tenha ou dure a ausência, quando há um reencontro temos sempre que falar, não há silêncio, o que quer dizer que a nossa história ainda não acabou. Eu, como sabes, tendo a falar pelos cotovelos quando estou contigo e com o Miguel, o que quer dizer, não que não fale com outras pessoas, mas que quero falar com algumas, sinto necessidade. A conversa simplesmente flui. obrigado.

maio 09, 2006 11:59 da manhã  
Blogger Justa said...

Há varias formas de se apanhar um anónimo. Sobretudo se lhe conhecemos as manias.

maio 09, 2006 11:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O que pode um R.evisor ter de anónimo? Afinal, não lhe pertence o original e o que lhe sai das mãos é de outrem.

maio 10, 2006 3:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

This is the strangest live i´ve ever konwom.

maio 12, 2006 4:47 da tarde  

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